A dor é uma experiência física e emocional desagradável, subjetiva e individual. Ocorre exatamente da maneira que o paciente diz sentir. A expressão da dor varia de acordo com as experiências anteriores de cada pessoa e com as diferentes culturas.
Normalmente, o paciente com câncer apresenta fortes dores, mas ela não está presente em 100% dos casos. A prática médica mostra que entre 33% e 90% dos pacientes com câncer sentem algum tipo de dor durante o tratamento ou mesmo após a cura da doença.
A dor surge em diversas situações e pode ser um primeiro sinal ou sintoma de um tumor maligno. Medidas usadas para diagnosticar o câncer, incluindo biópsias e outros testes, também podem ser dolorosas. Os tratamentos utilizados, como cirurgias, radioterapia ou quimioterapia, podem ser associados a dores agudas e crônicas. Consideramos que até mesmo após a cura de um tumor as pessoas podem apresentar dores persistentes.
A dor é o sintoma mais temido na pessoa com câncer, levando o indivíduo a experimentar sofrimento e diminuição da qualidade de vida. Muitas vezes ela prejudica o sono, o humor e o lazer e pode causar ansiedade, depressão e até afetar o relacionamento familiar e social. Embora a dor seja um sintoma frequente e extremamente temido, associado com TODAS as fases do câncer, na maioria dos casos ela PODE e DEVE ser adequadamente controlada.
Todos os médicos e profissionais da equipe de saúde devem se preocupar em avaliar e tratar a dor do paciente. Caso o sintoma não seja bem analisado, ele não pode ser tratado da forma correta. Costumamos atribuir valores numéricos de zero (sem dor) a dez (pior dor) em todas as consultas. Assim o paciente e o médico terão igual compreensão de quanto o sintoma está incomodando. Outra forma de ajudar na compreensão da dor é relatar as suas características, ou seja, se ocorre em formas de pontadas, choques, peso, aperto ou queimação, por exemplo.
Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/controle-da-dor.aspx